ECLIPSE DA MORTE

A noite caída aos olhares

Trazida na escuridão

Brilhos de mil lugares

Soltos na imensidão

Um pardo que nada se via

O galo cantava forte

Calafrio que refletia

Um ligeiro medo da morte

Um arco branco no céu

Parecia não ter pressa

Como um leve véu

Surgindo na luz regressa

Retomada a luz do mundo

Como outro chegar matutino

Um caboclo ria profundo

Com um olhar de menino

O olho preto ia embora

Levando o espanto do ocorrido

Um alívio calava à hora

Do medo de ter morrido.

Adriano Sales
Enviado por Adriano Sales em 24/12/2014
Reeditado em 25/12/2014
Código do texto: T5079595
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