ECLIPSE DA MORTE
A noite caída aos olhares
Trazida na escuridão
Brilhos de mil lugares
Soltos na imensidão
Um pardo que nada se via
O galo cantava forte
Calafrio que refletia
Um ligeiro medo da morte
Um arco branco no céu
Parecia não ter pressa
Como um leve véu
Surgindo na luz regressa
Retomada a luz do mundo
Como outro chegar matutino
Um caboclo ria profundo
Com um olhar de menino
O olho preto ia embora
Levando o espanto do ocorrido
Um alívio calava à hora
Do medo de ter morrido.