MOCIDADE

Insisto em ter vinte anos,

mas vem o espelho me contradizer.

Tantos sonhos e desenganos,

porém não desisto que posso fazer?

Ainda trago o mesmo amor no peito

e um vazio no leito esperando você,

vivo abraçado à minha mocidade

pois na verdade o que vale é viver.

A juventude anda transviada,

tudo é diferente de tempos atrás.

E eu aqui insistindo em ser moço,

enquanto diz o tempo isso é querer demais.

A vida pouca me chama à porta

sigo a linha torta alheio à razão,

o coração contraria o destino

fingir ser menino, sei que é ilusão.

Não vou me entregar tão cedo,

canto, vivo, amo e não tenho medo.

Venha depressa que está muito frio

e seu lado da cama ainda está vazio.

Saulo Campos - Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 23/12/2014
Código do texto: T5078557
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