Introspecção
Me sinto abocanhada, pelo gigantismo dos meus anseios.
Ofuscada pela luz dessa manhã,
Tropeço nas idéias de como prosseguir.
Abraçada à noção do incomensurável,
Perfilo meu olhar, para além dos meus devaneios.
Tento vislumbrar meus sonhos!
Meus delírios de amor...
Para resgatá-los, do coração de uma clareira,
Chamada solidão!
Lanço meu grito no tempo.
E acordo, as angústias incrustadas,
Nos recônditos de minhas lembraças...
Lembranças, que ecoam nas minhas constantes decepções!
Procurei, nos indícios de minha memória,
O início da estrada...acerto meu passo.
Recomeço meu processo, de sobreviver a minha história.
Sobrepujando a realidade,
Mergulho no imaginário,
Produzindo meus próprios recursos,
Para essa luta de mim... em mim!
Renovação!
Do corpo, alma da mente,
Tão fênix, no ápice de ser eu mesma.
A metamorfose me toma,transporta.
Minha pupila perde o foco...
A pálpebra fica trêmula, meu peito ofegante,
E, por mais que eu suplique,
A solidão continua me afagando.
Afagos, que inrrijecem meus músculos,
E me expandem, de dentro para fora.
Numa implosão de pensamentos e emoções...
Que me assustam pelo gigantismo de meus anseios...
Me torno só,
Para entender meu coração!