Introspecção

Me sinto abocanhada, pelo gigantismo dos meus anseios.

Ofuscada pela luz dessa manhã,

Tropeço nas idéias de como prosseguir.

Abraçada à noção do incomensurável,

Perfilo meu olhar, para além dos meus devaneios.

Tento vislumbrar meus sonhos!

Meus delírios de amor...

Para resgatá-los, do coração de uma clareira,

Chamada solidão!

Lanço meu grito no tempo.

E acordo, as angústias incrustadas,

Nos recônditos de minhas lembraças...

Lembranças, que ecoam nas minhas constantes decepções!

Procurei, nos indícios de minha memória,

O início da estrada...acerto meu passo.

Recomeço meu processo, de sobreviver a minha história.

Sobrepujando a realidade,

Mergulho no imaginário,

Produzindo meus próprios recursos,

Para essa luta de mim... em mim!

Renovação!

Do corpo, alma da mente,

Tão fênix, no ápice de ser eu mesma.

A metamorfose me toma,transporta.

Minha pupila perde o foco...

A pálpebra fica trêmula, meu peito ofegante,

E, por mais que eu suplique,

A solidão continua me afagando.

Afagos, que inrrijecem meus músculos,

E me expandem, de dentro para fora.

Numa implosão de pensamentos e emoções...

Que me assustam pelo gigantismo de meus anseios...

Me torno só,

Para entender meu coração!

Observadora
Enviado por Observadora em 15/09/2005
Reeditado em 04/05/2006
Código do texto: T50783
Classificação de conteúdo: seguro