O CONTEMPLAR
Nas cores presentes na rua
Colho dramas, comédias e romances
Luzes, cheiros, lugares e instantes
Que vestem e aquecem minha alma nua
São nômades os ventos do destino
Refazendo caminhos e histórias
E o meu olhar insaciável devora as horas
Até onde os mais puros anseios findam
E nesse contemplar de encantamento
Um delírio sóbrio e audaz
O gozo da vertigem apraz
Uma viajem às fronteiras do tempo
E tudo se constrói na sina
E a providencia por acaso decide
Quando o querer da sorte incidi
No verso que exige uma rima.