Ardor alucinado...
Quando faço amor contigo,
Sinto um ardor alucinado!
Vejo-a nua aqui comigo,
Em meu quarto iluminado!...
Tento um toque, e não consigo
Trespassar teu cortinado...
Nessa alcova deleitosa,
Brilha a estrela mais formosa!
Tua cama é esplendorosa:
Tem lençóis mui alvejantes...
Onde há flores, lírio e rosas,
Qual vergel mais delirante.
Oh!... Donzela perfumosa!...
Quando a vejo flamejante,
Desnudada de desejos...
Sinto o orgasmo, em teus lampejos!
Dou-te infindos mores beijos,
Nesses lábios cor de mel!...
Que em teu ser, fremente almejo
Voejar no azul do céu! —
Oh! Amor... Jamais fraquejo,
Vendo o teu corpo sem véu...
Quero amar-te eternamente,
Num esplendor incandescente!
Meu amor, tu és tão luzente...
Tens a essência dos açores
Que em minh’alma vibra ardente
— Tua centelha dos amores!
Venho a ti, veementemente,
Sobre as flores dos ardores...
Onde o amor tem mais beleza,
— Quão perfeita é a Natureza!
Pacco