À deriva
Meu coração (eu, minha alma)
É uma carta codificada
Enfiada numa garrafa
Em que um amante desabafa
E a lança nas águas
Certo de que ao seu destino
Nunca chegará
E será desengarrafada
Por quem não sabe de nada
E por desatino a lançará de volta ao mar
Meu coração (eu, minha alma)
Tem o oceano turbulento
Da memória por morada
Meu coração não conhece a água calma