O Tempo-troca

1

Da besta e da carótida

Zumbe uma atmosfera imprópria.

O fátuo de estilhaços do corpo

A matéria inofensiva do corpo

Acentuam a dobra da singularidade.

Correndo pela espuma, pelas agulhas

O que não percebe esta panela que cheira.

Imensos corredores e a musa, de coxas.

A conversa do espírito joule

A massa morna e toda essa curvatura

que esperam a chave, o lustre, o abutre.

O grito escuta enovelado

:Não o via na trama

de si mesmo,

gostava de contas e aborrecimento.

Da besta e da carótida

O silvo, sem fábula

a palavra vulcanizada

o choro no sofá, na membrana.

Não o vício em aviso

observável (o vício

em couro e água)

A montanha que sei

que não transito

entra à superposição.

2

Não este brejo, mobília

essa cobertura de fractal.

Nó nos dedos, cilindro.

Não sente o arrependimento

zíper de centauro nebulante.

Tanto éter, andrômeda

funcionária em colisão

(o clone binário)

O grande estribo da forma

3

A grade de pedra & ancião

bioluminescentes.

Não separada antimatéria.

Onde é brinco, pouco e manco

O tempo espalha inconsciente.

Heitor de Lima
Enviado por Heitor de Lima em 19/12/2014
Reeditado em 07/01/2015
Código do texto: T5074930
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