AMOR  ERRÔNEO


Surpreendente revelação sobre esse amor
Errôneo na realização impossível, quando se percebe,
Que a criatura quase nada tenha, mas querem sugar.
Em determinada região é chamado cafajeste, canalha.
Casos típicos de aproveitadores reaias fazem medo.

Motivo não impede dizer que foi tudo esse amor
Desilusão, enganação, esconderijo voluntário.
Hoje já não há como continuar quando diz dono
Do mundo, mas tem culpa por ser filho do Dono.
Liberdade de expressão é sensacional democracia.

Para o poeta quase tudo é sonhar, emocionar, seguindo
Nesse rumo vai aos confins na escrita poética romântica,
Da desilusão também, do sofrer por amor  e na alegria.
Personalidade humana é coisa séria, difícil lidar.
Quando acontecem os dramas sociais os seres sofrem.
Dureza para alguns, liberdade democrata para outros.

Esse ou qualquer outro amor vale a pena se a alma
Não é pequena, dizia o Fernando Pessoa em seu tempo.
O saudoso Augusto dos Anjos em um poema escreveu:
Escarra nessa boca que te beija, estava certo, pois o
Poeta escreve democratamente o que surge a mente.

Nesse desvio comportamental tudo pode acontecer.
Dizem ser doença, mas é modernidade, pois safadeza,
Sacanagem é muito vulgar se falar publicamente.
Enquanto a permissão foi aceita nada pode reclamar.
Talvez muito gostasse, mas a desilusão supera e separa.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 18/12/2014
Reeditado em 19/12/2014
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