ESCUDO
Fantasia não deu asas...
Vaguei lenta, pela casa...
Labirinto aonde me acho,
saturada deste nada...
Voar feito borboleta...
Rodopiar no jardim...
Ganhar impulso no vento...
Perder-me no mundo e assim,
esquecer que sou humana,
tenho coração e sofro,
um amor que é impossível...
Quem sabe não mais voltar...
Da antiga condição,
reservar só esse riso,
que teimoso aqui resiste...
Sorriso com que me escudo
da dor que me faz refém,
e me ajuda a ir em frente...
Teu sorriso em minha mente...
Teu olhar a me fitar,
pena, tão indiferente!