ESCUDO

Fantasia não deu asas...

Vaguei lenta, pela casa...

Labirinto aonde me acho,

saturada deste nada...

Voar feito borboleta...

Rodopiar no jardim...

Ganhar impulso no vento...

Perder-me no mundo e assim,

esquecer que sou humana,

tenho coração e sofro,

um amor que é impossível...

Quem sabe não mais voltar...

Da antiga condição,

reservar só esse riso,

que teimoso aqui resiste...

Sorriso com que me escudo

da dor que me faz refém,

e me ajuda a ir em frente...

Teu sorriso em minha mente...

Teu olhar a me fitar,

pena, tão indiferente!

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 18/12/2014
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