MANOBRAS
A paz é passageira
Disse o profeta derrotista
Quem não alcança com a vista
Todo irreal do mundo
Vai sofrer bem fundo
Sempre vão aparecer
Fantasmas a te estremecer
Debaixo dos lençóis
Nem nunca seus avós
Sonharam ver extraterrestre
Tinham medo da peste
Que a vacina não cura
Pedem ajuda aos ancestrais
Como se pede pão e água
Ao carcereiro e nada mais
E você no mesmo caminho
Abandonada, sem carinho
Finge que chora lagrimas
Diz morar nas arábias
Só pra poder me enganar
Então vem me matar de tanto engano
Vem dizer baixinho que esse ano
Vão dar asa a cobra
Vão cessar as manobras
Por cima da gente