Tardio
Qual a finalidade da luz
Se o que vejo são ruínas?
Por que o horizonte deitado
Me dá a falsa impressão de perspectiva?
O outro lado é o engodo da ótica:
Tudo é igual, não há mudanças.
E o céu matizado
Por um azul imaculado
Remete-me a uma pseudo paz;
Calmaria a manter a ordem.
Novidades repetitivas e enfadonhas.
Em sua essência, a humanidade continua a mesma.
E neste fim de tarde, início de noite,
As ilusões vão-se minguando com o Sol.