minha insegurança
Minha insegurança
Colocá-me em momentos conturbados.
Ela vem, de mancinho,
bem devagar,
sem avisar
e domina,
faz-se gaiola ao passarinho.
Passarinho, eu, que
tenho medo.
Medo de tudo quase.
Medo de tentar
Mede de perder
Medo de jogar me com tudo.
Essa insegurança
aprisiona-me feito
uma jaula aos tigres.
Prepotência minha
comparar-me a animais
tão fortes.
Logo eu, fraco,
sem determinações
às vezes incompetente.
Basta um momento
de solidão, de silêncio
para que minha insegurança
venha e coloque-me ao chão.
Pobre coração.
Fraca inspiração.