BREU
POEMAS DO EU
I
Eu me odeio,
estou alheio.
Eu me amo,
Estou fadado.
Eu me arrasto,
estou grato.
II
Eu nunca me vi,
eu não me conheço,
eu sou avesso do verso vil.
III
Eu não sei aonde vou
eu já sou avô,
eu não sei nadar
eu só sei voar....
IV
Eu te beijo,
eu te aleijo.
Eu te desejo
eu moro no seu realejo.
V
Eu queria ser poeta,
eu não sou fada,
eu sou maneta
eu queria ser mãe proveta.
VI
Eu to ficando louco
eu to pouco.
Eu quero quebrar a ficha
eu quero beber água de coco.
VII
A vida é um inferno,
o amor floresce no inverno,
a morte é um novelo,
a paixão é bucéfala.
VIII
Eu fumo o dia
a noite me fuma.
O fumo mata a vida
a vida é uma chama.
V
Quem sou eu
eu sôo a quem.
Quem sou eu,
eu estou alem.
X
Eu não bebo mais,
eu não durmo mais,
eu fumo mais e mais,
ais ais ais sais.
XI
O bêbado baba
na cana caiana.
A cana cambaleia
na cabeça bêbada.
XII
A onda se alevanta
o meio do mar não tem fim.
A onda vem bêbada
dormir na praia.
XIII
Hoje não to bão,
to bão hoje não,
não to bão hoje
hoje tabuadão não.
IX
To rezando,
to rezano.
To rezamos
to resmos.
Eu vi uma menina,
a menina era rosa,
seus espinhos espirravam.
XV
Alevanta-se homi
e vai tabaia.
O vento jacelado
te espera la fora,
pra nele cé cavalgar.
Já se alevanta homi.
XVI
A mídia não mede
o tiro do guarda,
A guarda de Tiro
deu tiro em Magno.
XVII
A chave sumiu
miou miou...,
garras que guardo
garras e gatos.
XVIII
Dália, Dália, Dália...
Bigorna amiga,
Dália,Dália...
Fornalha...
Dália, Dália....
Martelo de borracha.
XIX
Drogsbar drops,
dops droguesbares.
Drops ops drogs.
XX
Meço a folha
de carbono aço.
Meço a mesa
de celulóide diplóide.
XXI
O puder pudera
pular a cerca.
o povo é gado
do puder.
XXII
Faz façabucas
face burcas,
façabucanos.
Facebarcos,
façobuscas facebooks
Faceburros...
XXIII
MORFEU
Riqueza dos olhos.
túnica azuis.
Buraco pra dormir,
Porta de anil.
wwwwwwwwwwwww
Via alta
na promessa
um recanto aberto.
ddddddddddddddddddddDADOS
Verdes se estendem
Fundo furioso.
Primeiro homem
falso paraíso.
uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuUIVOS
Êxtase e fadiga.
Pequenas vozes mornas.
Mão da noite, avante..
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiMILHOS
As barganhas.
de sempre,
Mesmo dinheiro
escasso, me arregaço.
pppppppppppppppppppppppUTAS
Olhos e pessoas,
dentro,
ostras no vazio
Mulher traída.
çççççççççççççççççççççççççççOÇO
Assim meio dobrado,
Medo que sucede.
Amor sem limites
As margens do rio.
llllllllllllllllllllllllllLUAS
Pequenos povos,
Coisas selvagens
Grades e cativos.
ttttttttttttttttttttttttttttttTUTTI
A humildade é na verdade,
uma falsidade light.
rrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrRIMAS
Eu calo,
tu me calas,
ele lhe cala.
Fala eu
falas tu,
calam eles,
sobre mim.
xxxxxxxxxxXICARA
A sobremesa
caiu debaixo
da mesa.
ccccccccccccccCURPA
Eu não quero,
alias quero
não querer
as queixas dos quero queros...
vvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvvVOZES
Você não é eu,
eu não sou ele.
Tu não ouves a voz.
vos nada sabeis
sobre nos.
bbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbbBLEFE
O grito não geme,
o gemido grita
seu gemer aflito.
nnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnnNARDIA
Nada é tudo
que nada,
dentro do sobretudo,
sempre mudo.....
mmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmmMARFOLOGICO
O cão perdeu
o saco nas entranhas
do arame.
o cão vive farpado
no lixo.
xx
ççççççççççççççççççççççççççççççççççÇONSA
Me castro,
sobre o casto
Corpo feminino
mofologico.
lllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllllLUDICA
O clitóris
da mulher,
glosa...
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkikas
O dedo tem aliança,
a aliança não alia
seu ouro
a idade.
jjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjINCISOS
O sorriso é o risco
do giz sobre
os lábios fixos.
hhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhHOMIS
A fronteira das trompas
Chama se dilema.
O bebê bêbado cai.
ffffffffffffffffffffffffffffffffffffffffILIPES
Pêsames pra você,
você morreu com
um filho nas trompas.
ddddddddddddddddddddddddddddddddDESEJIS
Mulheres se encontram,
falam sobre mulheres
e desejos de homens.
ssssssssssssssssssssssssssssssssssssssSURREAL
Visões noturnas,
ossos do medos.
Assombrações do dia
formas no sofá.
aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaADILLAI
Cortinas ao vento,
janelas abertas.
Dançam os pernilongos.
pppppppppppppppppppppppPAPUTA
Sonhos e pesadelos,
dia e noite.
Node da bananeira
Fluxo de sangue.
qqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqqUASE
O sonho é poema
d"alma e
o pesadelo peça teatral
no palco do corpo.
OoooooooooooooooooooooooooooooCOCO
Um circulo
não é zero.
É um circo
sem palhaço.
iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiCO
Estafa...
estrada....
sol....
estático.
TTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTTRAINON
Arame farpado,
bêbado no sofá.
Dia e noite
circulo de fogo,
De fogo....
yyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyyNAYLONS
Dose diária,
Água de coco.
Novas palavras
Pão de queijo no forno.....
uuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuRUBUS
Não vejo a hora
De sair deste corpo.
Não vejo o minuto
De voar.
MMMMMMMMMMMMMMMMMMOFO
Não vejo o segundo
Que fez a hora
Nem o minuto
Que faz esse dia.
oooooooooooooooooooOLHARES
Olhar as nuvens
Sem formas mortais.
Olhar os olhos
Das capitulares.
Olharrrr...
Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ISAIAS
Não vejo o dia
Se não fosse a noite,
Se não fosse a madrugada
Dentro do fosso.
Jjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjjj ADOIDAR
Meu cunhado
Fumou baseado
E comeu a ração
Do cachorro.
Meu cunhado latiu
A noite toda.
Llllllllllllllllllllllllllllll LADROAR
oxalá eu fosse Deus,
oxalá eu fosse Cristo,
oxalá o focha alá.
BRUXARIA
Asas de avião,
Folha de carbono.
Pássaro livre,
O que fazer?
O VOO
Como algo distante
Esta o a dor,
Mais que perto
a certeza
Um mero medo
Sincero.
CORVOS
Coisa simples
Caminhos sem pés,
Voo sem asas
chegada sem avisar.
XXIV
Eu, só calo,
Só calas tu.
Calo dele
Ele, seus calos.
XXV
Eu sangro,
Sangras tu.
Só sangras ele,
Sangra eu,tu e ele.
XXVI
Ela tosse
Tosse a madrugada
Chupando picolé
Ela tosta.
MARCAS
Excesso,
durante a noite.
Cofeseee..
XXVII
Céus em chamas,
Flamingos nos céus.
Chamas de flamingos
Voam chamas no céus.
XXVIII
Cabeças em chamas
Cabelos de flamingos.
Chamas que chamam
Meu cigarro vazio.
XXIX
Sopapos seus paplos,
Sapos supra patos,
Pastos sopa papos,
Sapatos de sapos.
XXX
Eu zumbi,
Tu zumzubis.
Ele zumbiu
Nos zumzubamos.
XXXI
Quilombo e mares,
Quilumba...
Los quilombolas
é luna palmares.
XXXII
Roda de jongo,
Joga jongá.
Jongueiro na roda
Dança de tatá.
XXXIII
A bigorna,
Gorgeia....
Martelo,
Telepaticamente....
A fornalha,
malha...
XXXIV
Os meninos na rua
correm,
a bola corre deles.
uns tem pernas de pau,
os meninos da rua choram.
XXXV
Sou peregrino,
Sem teto,
Uma pedra como travesseiro.
Sou eu peregrino.
XXVI
Minha manhã
Beijou-me.
Minha manhã
Chama se Terezinha.
XXXVII
Meu paiol explodiu
Ao saber do meu querer.
Meu paiol
Era homofóbico.
XXXVIII
Meu vôo
Teve câncer,
Meu vôo,
Foi morar no céu.
XXXIX
Meu fio
Quebrou sua ligação
Com seu celular.
Meu fio esta em curto comigo.
XL
Meu amanhã
Não tem manhã,
Tem tarde e noite
Sem nenhuma manha.
XLI
Sou mão,
Luva de boxe,
Nocaute técnico,
Sou um jeb comunista.
XLII
A flor no vaso
Floresce os corações.
Seus espinhos.
Salpicam nervos e ossos.
XLIII
Cristo é fusão,
Ficção é homem.
GEMIDOS DE RIMBAUD
XLIV
Ela me fitava
Sua fita amarela
Me sorria,
Eu um fio de homem.
XLV
Meu riso,
Suas lagrimas.
Riscos e lastimas,
Meus é minha.
XLVI
Vou dormir,
Morto estou,
Se acordar
Viver quem sabe?
XLVII
A morte da coisa
A coisa é mulher.
Sangue e vinho
A ira do homem.
XLVIII
Minha coluna
Vertebrada calou-se.
Pedra e água
Carne vertebrada.
XLIX
Na china tem chinês
No Japão japonês
Aqui tem flores
Amazônicas.
L
A janela aberta
Olha me da sala,
O vento beija me
As grades choram.
LI
O amor por de sol
Ponto de chuva,
Posto que o amor
É pasto sem gado.
LII
Sussurro da brisa,
Estrondo do trovão,
Folha que cai,
Carvalho que germina.
LIII
O amor é riso abeto,
canto solto e
uivo de lobo apaixonado.
xxxx
A lagrima que rola,
cria limo.
Pomba do ser.
LIV
Cerca sem mourão,
Muro de Berlim.
Janela escancarada
Cela de prisão.
LV
Cama desfeita,
Porta aberta,
Chave perdida
Sofá sem pilão.
LVI
Estou em fogo amando,
Minha gravata flamejante,
Rio que morre
Sob pontes
E cipós são João.
LVII
De meus pelos encardidos,
Grito,
Um gritar de filho.
LVIII
Meu pescoço taurino,
Meu céu escarlate
E meus dentes de sabre.
LIX
Guerras que vende
Quem viu?
votarei em !
meu peito.
Sem pelo
qual mulher
há de me desejar?
LX
O mundo cresce na serra
o curral do rei tem capivara.
a cabana do pai Tomas
esta sobre o Nepal.
LXI
Hoje quero beber,
ate cair a mesa
De um bar.
LXII
Os professores gritam
La fora
Sobre o asfalto
Da rua c.
LXIII
O amor como sino
que chora
Sobre a catedral.
LXIV
Os campos de trigo
Pedem pão.
Os vinhedos do mar
dão de beber.
LXV
Sentado estou
Sobre cadáveres do
Bonfim,
E sobre o muro
Fumo meu cachimbo.
LXVI
Paro por aqui,
A procura de Calado
Sem a paixão,
Espero um prato de merda
Acompanhado de cebolas e bacon.
LXVII
Cana triturada,
Corpo no chão.
Paixão engarrafada,
Solidão solidão....
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
A folha ao cair
Deixa a vida
E logo da vida
A semente que,
ainda feto entra
Nas entranhas do pó.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Folha que vai,
Vento que chama
chamas de outono.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Ilha solta,
Sinfonia da brisa
Abraço do chão.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Galho que chora,
a folha implora,
o pó espera.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
A queda da olhar
tesão do pelo.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Braços do povo
Ansia do corpo
A bailarina solta
volta ao galho.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Rolha solta e leve
Vem bailando
Dos braços
Negros da garrafa de vinho.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Os olhos das pedras
Brilham ao ver
o suicídio do feto
que beija a face.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Dos abraços
Do gato
A foca lhe
da adeus.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
A forma baila
Sobre a regência do vento.
Em êxtase aplaudem
Pedras e grãos de areia
O seu bailar.
Perna de pau,
poemas de pedras.
Perna de pau,
Ri bau Rambó
de aço.....
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
VIRGINIA
Vargem sem fim
Mar aberto.
Milhas de solidão
Via sem jardim.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
RIMBAUD
Riam de mim
Velhas do sertão.
Rimas sem baú,
Lago sem fundo
Berimbau de bambu.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Perna de pau,
poemas de pedras.
Perna de pau,
Ri bau Rambó
de aço.....
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
BLAKE
Blecaute, calo me,
Um tigre chama,
Black Power,
Blaker Blaker.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
JIM MORRISON
Morre o som,
Dores e dores.
Morri os sons
flores e flores...
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
BAUDELARE
Balde de flores,
Absinto nos bares.
Balde altares
E rosas de sal
Baldeares...
Flores da cal.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
GOTHE
Gotas do tempo
Gotheiras nas velas,
Vales que Gthejam
Versos á Goya.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
CASTRO AL
Casto barco,
Mouros e ratos.
Porões porções,
caustico capitão
Do mato sem rastro
mato.....
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
LORCA
Vândalos,
Anda Luz.
Vanda lua,
Daí lo amor.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Um pé de hortelã,
Sobre o corpo
subpurificado,
um mero cão.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Cheiro de sangue
Gritos....
ainda criança?.
Relinchos eqüinos.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Encontrar!
não ha caminho.
chegada aos espinhos!
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
E encontrar,
piso da esquina.
Como chegar
sem caminho?
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
O grão de areia
o beijo do vento.
O olhar da sereia,
meu pensamento.
xxxxxxxxxxxxxxxxx
Sirenes do almoço,
fogo e alho.
Sorriso no rosto
sem agasalho.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Sob o morro,
barulho do mar.
Vem o socorro
o negocio é amar.
xxxxxxxxxxxxxxxxx
Mi'lmas imortal,
Cumpre a jura.
lua escultural
noite pura.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
O arco do coração
o amor
a flecha
beijos de paixão.
xxxxxxxxxxxxxxxxx
Catar feijão,
prozac
no lixo.
xxxxxxxxxxxxxx
Uso,
estações do nada.
assim ser,
Ramalhada...
xxxxxxxxxxxxx
Se chegou,
pra sempre
acaba ...
Nada vai,
ficou alada.
xxxxxxxxxxxxxxxxxx
Nem a face
da tarde está forte.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
Nas pedras,
o vento
Vai...
xxxxxxxxxxxxxxxxx
A tarde fria,
alento das pedras.
dorme longe
alguns pesadelos.
xxxxxxxxxxxx
Como o amante,
Vai ai,
o beijá flor agora.
xxxxxxxxxxxxxxx
O riso lento sonha.
O sol verte você.
brisa da manhã.
Lua de glacê
Beijo de romã.
xxxxxxxxxxxxxxx
É um monte.
A lua de luto dorme
em versos.
xxxxxxxxxxxxxxx
Seus olhos
e os meus sonham.
xxxxxxxxxxxxx
Sino da
meia-noite,
blem blem...
xxxxxxxxxxxxxxxx
Mais um ano,
mais um menino,
o menino de Belo.
Hino da meia idade.
xxxxxxxxxxxxx
Soa o susto,
é tempo mar.
Riso de menino,
Voar e voar.
xxxxxxxxxx
Ano que vem,
dia que vai.
Ano que fica,
Então vem....
xxxxxxxxxxxxx
Cadeira...Escadeira,
mexendo,
assombração.
xxxxxxxxxxxxx
Manhã de inverno,
cobertas de corpos.
Um gemido
se encolhe no rio.
xxxxxxxxx
Verão em Xangai,
Xingai xingai.
despedem-se as palmas
murmura o mural.
xxxxxxxx
Primeira neve,
cidade...
vestes de noiva
que se despede.
xxxxxxxxxxxxx
Janela para o inferno,
barcos que navegam.
Vidro lilás
entre cama e escamas.
AQUI
xxxxxxxxxxxXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
ÉRA
Criança Era,
primeira lua
vagalumes, vagaluas
vagabulas.
xxxxxxxx
RODA
Pracinha no inverno,
trinta meninos dançando.
um raio de sol.
XXXXXXXXXX
VEÍO
Visão de velhinho
vagalume que brilha
durante o dia.
xxxxxxxx
SUOR
Virgens e ovelhas,
bonés e bandeiras,
pelos eriçados.
xxxxxxxxxxxxx
METRÔ
Um passageiro
que chega,
e dá adeus.
xxxxxxxxxxxxxxxxxx
RASGOS
Peixes,,,
dom,
de rios
xxx
PEIXES
Pescaria no inverno
rede de luzes
sobre o Rio das Pérolas.
xxxxxxxx
BELO
A asa do avião
corta do sol poente
vermelho sobre Bélo.
XXXXXX
BRUXARIAS
Silencio,
Salem e
Cio.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxx
ESPIM
Sua rosa,
soa rosa.
Sutil rosa.
XXXXXXXXXXXXXXXXXX
DAMA
Pétalas vermelhas.
Pele vermelha
E um pulsar de verme.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
SURDO
Segue o rio,
pela manhã
o cego riso.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
VERSO
O rimo o signo.
bela tarde
rimo o verso.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OLIVEIRAS
Sinistro ramo
Pela madrugada,
vesga rima.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
OCIO
Pela tarde
Serio rio,
Sagro riso.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXX
VICIO
Pela noite.
Sempre o viço.
Poesia,
Pó e
Maresia.
xxxxxxxxxxxxxxx
NOSTRADAMOS
Poema,
Pose e
Maestria.
XXXXXXXXXXXXXXXXXX
CATA VENTO
Tudo é argumento,
tudo é movimento,
tudo é momento,
tudo é tempo
preso dentro do cata vento.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
JUSTO
O tempo é sem mãos.
O tempo em seu tempo
faz o vento voar á tempo
faz você ser.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
AREAL
O temporal
jaz em cinco minutos
e um por cento fala.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
GRÃO
As magoas se afogam
no rio ausente.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
AMANTES
Sem ódio da morte,
a vida segue.
XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX
BASTARDA
A filha do rio,,
tem medo de amar.
nascente segue
os anônimos da alma.
xxxxxxxxxxxxxxxx
NOITES
Durante a noite,
o dia vem.
penetrando seu penóis
na noite.
xxxxxxxxxxxxxxx
A JANELA
Da janela,
que vejo?
A janela!.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx CORRIGIDO ATE AQUI
O que?
Apenas um.
Da o lixox
Humano.
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX