Toco a plenitude
Ao olhar o campo deserto
Quando o que ali floriu
Enraizou-se em leiras de mim;
 
Sinto os amarrilhos das flores
Entrelaçar os tempos no Tempo,
Ventos gaivando a terra,
Escoamento de angústias ossificadas.
 
Toca-me a escassez
Ao olhar o campo vicejante
Quando o que ali germina
Aplaina-se em abismos de mim;
 
Pressinto o desenlace das flores
De cores sobrepostas nas hortas,
Ventos aerando a terra,
Poeiras de raízes pelos ares.
Ana Liss
Enviado por Ana Liss em 16/12/2014
Reeditado em 16/12/2014
Código do texto: T5071244
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