Final do dia

Final do dia

Olho para o nada

Porque nunca há nada para olhar

Vem aos dentes o gosto da raiva

Mordo com força

E volto a morder

A raiva não parte e não rasga

Recusa a morrer

Final do dia

Só resta esperar o dia a seguir

O gosto adormece, a dor desvanece

Fraca alegria

Porque é sempre esperado

Um outro final do dia

Francisco Carreiras
Enviado por Francisco Carreiras em 16/12/2014
Reeditado em 16/12/2014
Código do texto: T5071239
Classificação de conteúdo: seguro