MELINDRA  DIABLO'S CONVIT
 
 
Diante do que era
Num dia
Que seria atroz
Renovado pela visita dele
Ele veio de quatro
Trazendo flores
Nos dentes
Dentes sorrindo
em olhos aguçados
Não era raiva
Raiva ela continha
Na bota perspicaz
Que vestia seus pés
Em toques lentos
Suaves
aonde ele deveria
Parar
Soprar nos ouvidos
O charme que antes
Da líbido
A faziam chorar
Doces gotas
Descidas pela boca
Espelhos pequenos
Do veneno
Feitiço de mulher
Trazia ele mais perto
Sinta o gosto
Do que quer
Suas mãos na vacina
Derretiam
Ela caia
Deslizava o corpo
Devagar
Um sopro entre os mamilos
Pêlos soltam faíscas
As mordidas travam
O desafio
As garras fêmeas
Agora desgarras vencem
Elementos de muro
Pele do bruto
Mostra o fruto cítrico
Que ela quer
Nela todo sorvido
Vestido de bocas
Que não olham mais nada
Fantasia a descoberta
Desperta a fúria
Contida
Não há quem domine
Amarras mãos
São ilusões permitidas
As visões brancas
Púpilas diamantes
Que brilham
Mostram antes
Orgasmos ferozes
Nenhum risco
Ainda satisfeito
Sangue vertido
Tatua doses avulsas
De unhas possuídas
O grito que nela
Desata o que nele
Havia de grito
Escondido
Feras indomadas
Na relva
De lençois rasgados
E velas queimando suores
O que evapora
Pelos corredores
Antes traz o sonho
De amores
Que ninguém dúvida
O riso engraçado
Sem jeito
Do velho porteiro
Enche olhos de vida
Sabe da dona
Que doma
O cavalheiro
A nobreza do andante
Na chegada
Se desfez já na escada
Quando adiante
O perfume
Não falava do que
Ela queria.