Poesia de ontem

Ontem fiz uma poesia mágica

Sublime, trágica

Hemorrágica

Mas foi ontem e por falta de sorte

Era uma poesia apenas imaginada

Todas são, contudo, e isto não é nada

Mas sempre as imagino à noite, por esporte

Mas era bem bonita mesmo, rapaz

Era linda!

Era estranha, contraditória, contumaz

Forte, hilária, divina, diabólica, capaz

E mais um pouco ainda

Ainda bem que não peguei do lápis e do papel

(Mas eu uso mesmo é o notebook, boy!)

Pois aí, trazida à tona, à vida

Seria uma poesia lida

E mais me apraz tê-la apenas imaginada e já esquecida

Pois a memória ultimamente só me corrói

Natimorta, deve ter ido pr'o céu

Mas, olha... talvez eu a tivesse escrito

Que bonito!

Tinha rima e a coisa toda... agora me arrependo

Volta, poesia divina, te desejo ardendo

Te desejo porque tu és idealizada como a minha vida, o meu amor e tudo ao meu redor, idealizada como um verso infinito que acaba sem acabar, sem rimar, mas sabe-se que não acabará por causa das reticências...

...

...

...

Áquila Teófilo
Enviado por Áquila Teófilo em 16/12/2014
Reeditado em 16/12/2014
Código do texto: T5071046
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.