missa de sétimo dia

Um minuto de silêncio para todos os deuses e deusas, que assim como nós, também morrem.

Chronus, senhor supremo da terra sem ninguém

Criador de sue pai e de sua mãe,

jurou devorá-los após o banquete de seus filhos

Pariu apenas para saborear o sabor do infanticídio

Zeus, o último da linhagem, revoltou-se contra a gula do pai

E após uma longa batalha levou sua cabeça para comemorar com os irmãos

Pobre, Zeus, do alto do Olimpio viu nascer o amor, a família e o inferno

Viu todas as ramificações dos mais nobres deuses,

E foi adorado por humanos durantes longos verões

Pobre, Zeus, julgava-se imortal sobre a terra

Bebia vinho como se a eternidade não fosse efêmera

E se divertia pelo heroísmo de semi-deuses malfadados

De seu celestial trono, foi devorado tão lentamente que nem percebeu que o estava sendo

Quando seu pai surgiu na terra como o nome de Javé não o reconheceu

E não percebeu que aos poucos sucumbiu a sua crença

Hoje, Chronus tem a cabeça de Zeus pendurada na parede

Em um altar filial de deuses assassinados

Esperando apenas o dia em que lá estará a cabeça de Jesus,

Um de seus últimos filhos.

Um minuto de silêncio para todos os poetas e criaturas frágeis, queassim como eu, morrem muito antes de nascer