Passa a barcaça, passa o tempo

Lenta, a barcaça vai,

o tempo também

vai com a embarcação

e diz: já é hora.

Já é hora de voltar

ao cais de origem.

O tempo já deu

o nó em pingo d´água.

A barcaça ouve e não ouve,

faz um gracejo

e parte,

sem dar bola...

Não quer voltar,

quer a aventura,

quer a viagem.

Ainda se acha jovem.

Mas os anos já dobraram

a barcaça e logo voltará

porque não há tempo

que não passe...

(Poema em homenagem ao ”barcaça”, meu pai, João Duarte Pinheiro)

Mauricio Duarte (Divyam Anuragi)
Enviado por Mauricio Duarte (Divyam Anuragi) em 15/12/2014
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