Soneto contem(porra)neo

É a gota d’água que vira onda

Trovas pra trovões e tempestades

Escrevem sobre pensarem já ser tarde

Os jovens a que a triste realidade assombra

Assombrados são os castelos

Que outrora guardavam os sonhos

E agora nos tocam somente os contos

Dos temas enfadonhos de viver nesse duelo

Entre as noites que viram dias

E os dias que viram mais páginas em branco

De tudo de igual e brando por sacrificar mais poesias

É pobre sem ser modesto

Mas escrever soneto de amor nesse mundo

Senão do vácuo profundo que me engole, é ser desonesto

(Protesto!)

&lis*

14/12/14

p.s.: ou "contemporranenhuma" (termo roubado diretamente do poeta Henrique P.)

Elis Maria
Enviado por Elis Maria em 14/12/2014
Código do texto: T5069486
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