SANGRANDO!

Sangra-me o peito de tanta ingratidão

Que vejo neste mundo em meu redor

Quando o mundo podia ser bem melhor

Se a ninguém faltasse o pão!

Quantos a viverem em estranha solidão

Sem terem um só instante de amor

Querendo ver esse mundo d`outra cor

Mas tão gasto e imerso em podridão!

O sangue escorre-me abruptamente

Que às vezes julgo já que nem sou gente

E espero que a morte venha por destino

Porque o mundo depressa não mudará

E só Deus apenas um dia saberá

Condenar o pecador e o libertino!

O Poeta Alentejano
Enviado por O Poeta Alentejano em 14/12/2014
Reeditado em 14/12/2014
Código do texto: T5069417
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