SANGRANDO!
Sangra-me o peito de tanta ingratidão
Que vejo neste mundo em meu redor
Quando o mundo podia ser bem melhor
Se a ninguém faltasse o pão!
Quantos a viverem em estranha solidão
Sem terem um só instante de amor
Querendo ver esse mundo d`outra cor
Mas tão gasto e imerso em podridão!
O sangue escorre-me abruptamente
Que às vezes julgo já que nem sou gente
E espero que a morte venha por destino
Porque o mundo depressa não mudará
E só Deus apenas um dia saberá
Condenar o pecador e o libertino!