Paradoxo.
Como pode ser alguém assim?
Congruente inexistente, um oposto de mim,
Tão à esquerda, diferente ao extremo,
Como podes ser tão “céu”, e eu tão “solo”,
És gaita, eu violão,
Um impulsivo o outro “pé no chão”,
És trova, eu trovão,
Um poeta triste e romântico, o outro compositor feliz,
És lápis, eu giz,
Enquanto um é feito de “sonhos”, o outro é feito “realidades”,
És o encontro, eu a saudade,
Enquanto um diz, o outro se cala, enquanto um nem vê, o outro repara,
És multidão, eu solidão,
Enquanto um é cativante com a falta de exatidão, o outro é arrogante exatidão,
És a harmonia, eu o refrão,
Um é praia areia, ou outro “mato” capim,
És o começo, eu o fim.