Paradoxo.

Como pode ser alguém assim?

Congruente inexistente, um oposto de mim,

Tão à esquerda, diferente ao extremo,

Como podes ser tão “céu”, e eu tão “solo”,

És gaita, eu violão,

Um impulsivo o outro “pé no chão”,

És trova, eu trovão,

Um poeta triste e romântico, o outro compositor feliz,

És lápis, eu giz,

Enquanto um é feito de “sonhos”, o outro é feito “realidades”,

És o encontro, eu a saudade,

Enquanto um diz, o outro se cala, enquanto um nem vê, o outro repara,

És multidão, eu solidão,

Enquanto um é cativante com a falta de exatidão, o outro é arrogante exatidão,

És a harmonia, eu o refrão,

Um é praia areia, ou outro “mato” capim,

És o começo, eu o fim.

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 15/09/2005
Reeditado em 15/09/2005
Código do texto: T50691