Matando a Saudade dos Versos
E finalmente, eu frente a frente
à minha amada e iluminada poesia,
foram dias que passaram sem versos
mas, hoje novamente o recomeço.
E é o começo do verbo à carne
e o cerne da lucidez intransponível,
indivisível tal qual a flor desabrochada
rompendo olor, inusitada à madrugada.
E é o começo, gênese, árvore frutificada
doando frutos e o poeta doando letras;
doando a rima à luz vigente crepuscular
que ilumina com cores raras a volta ao lar.
E finalmente, eu frente a frente
à minha amada e iluminada poesia,
raro momento de sentimento vasto
d’onde me arranjo em meu poema mágico.