Barro Branco

No meio deste cerrado
Oriundos da caatinga
Um povo empoeirado
Lutador e cheio de ginga
Amontoados em paus de araras
Paus de sebo, paus de cacimba
Em busca de esperança
Que não há moço que a extinga
Consigo traziam sonhos
Seus filhos, tralhas e moringas
Também pesadelos medonhos
Apegando-se a sua crença, credo ou mandinga
Sonhos convertidos em construção
No cansaço, uma dose de pinga
Dizia o poeta, vai com fé
Vai com fé que assim vinga
Dito e feito assim vingou
Menina dos olhos de Brasília
Com suas pernas se firmou
Já possui própria família
Tem meninas bonitas
Ao relógio jacutingas
Pistas e avenidas aflitas
Na economia é um curinga
Fundada desde o principio
Destinada aos excluídos
E não há melhor inicio
Para este povo elegido
Tem luzes, tem palmeiras, mocidade e poesia
Juventude brasileira, entre bares e boemia
Dentre outras regiões
Não há candango que não a distinga
Barro branco, ave branca
Em meio a ruas mais humanas
Ditosa Taguatinga.