FÚRIA E CORAGEM
Antonieta Lopes
A natureza irada se rebela,
O vento verga os ramos té o chão,
Carrega a minha rosa amarela,
Fustigando-a, feroz, porque é malsão.
Todo o mundo receia uma procela,
Os raios que do céu caindo, vão,
Pobrezinha da ave tagarela!
Escondeu-se entre as folhas, num desvão.
Essa eletricidade não se isola,
É solta como a nuvem que a carrega,
E vem no arremesso, como bola.
Da tempestade enfrenta a fúria cega,
Chega em casa trazendo uma sacola
O homem pobre que seu lar sossega.