FÚRIA E CORAGEM

Antonieta Lopes

A natureza irada se rebela,

O vento verga os ramos té o chão,

Carrega a minha rosa amarela,

Fustigando-a, feroz, porque é malsão.

Todo o mundo receia uma procela,

Os raios que do céu caindo, vão,

Pobrezinha da ave tagarela!

Escondeu-se entre as folhas, num desvão.

Essa eletricidade não se isola,

É solta como a nuvem que a carrega,

E vem no arremesso, como bola.

Da tempestade enfrenta a fúria cega,

Chega em casa trazendo uma sacola

O homem pobre que seu lar sossega.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 12/12/2014
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