Papel de Pão
Às vezes tenho vontade de ser!
Aquele velho esquecido papel de pão
Não que tenhamos varias coisas em comum
Mais algumas particularidades
A de quase nunca ser lembrado
No entanto
Essa já faz parte do meu cotidiano
Nem conta mais
Já somos iguais
Mesmo assim o invejo
Nunca amado
Sempre trocado
Pouco desejado
Mais muito necessário
Basta chegar a hora
Ai de muitos se não fosse o velho amarrotado
Ai de nós
Nunca derrotado
Pouco elogiado
Mais sei que é ali que ele gosta de está
Sabe aquela bela poesia
O único momento de inspiração
Seria esquecido no pensamento
Se ali não estivesse naquele momento
Sempre atendo
E por ironia fazendo o seu papel
Esperando apenas um momento
Um uso, um único.
Mesmo que um abuso
Só ele estava lá
Bem perto, invisível como eu
A espera de um olhar teu
Pode ser que não aconteça
Ou um dia venha surgir
Sei que o que está por vir
Vai ser o que ah de melhor para mim