A ponte

A notícia não mais me dói no peito

Nem causa sobressalto, o telefone

Também o amanhecer

Já não traz maus presságios

Com dentes de sabre,

O hospital,

De tão frustrado me apunhalou

Com olhos de ignorância

Pobres seres tão cegos

Não entendem por que

Só agora me veem sorrir

A morte é uma menina

De olhos azuis.