LUCIDEZ

Perdida em mesmice...

Secou meu tinteiro...

Sonho ao travesseiro,

me impede, voar...

Quem dera caminhos...

Rumo livre à pena...

Asas, toda a cena,

e o seu olhar...

Alegria, então,

meu mais doce porre...

Mais doce ilusão,

no dia que morre...

De novo o retiro...

Sobriedade e o beijo

da felicidade,

adiado e o grito,

calado ao suspiro...

O giro na cama...

Branco da parede...

Sempre a mesma sede...

Vácuo a me tragar...

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 10/12/2014
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