LUCIDEZ
Perdida em mesmice...
Secou meu tinteiro...
Sonho ao travesseiro,
me impede, voar...
Quem dera caminhos...
Rumo livre à pena...
Asas, toda a cena,
e o seu olhar...
Alegria, então,
meu mais doce porre...
Mais doce ilusão,
no dia que morre...
De novo o retiro...
Sobriedade e o beijo
da felicidade,
adiado e o grito,
calado ao suspiro...
O giro na cama...
Branco da parede...
Sempre a mesma sede...
Vácuo a me tragar...