Poema Sem Nome

Queria te escrever um poema

Que expressasse o que sinto,

Mas não sei o que sinto , meu bem.

Talvez seja um amor temporão

Que nasce feito fruta do cerrado.

Perdoe a minha falta de clareza.

Mesmo depois de tanto tempo passado

Ainda não aprendi a ser exata.

Me declaro nas entrelinhas

Ou nuns versos rasgados .

Faço deste lugares

Meu confessionário

De coisas íntimas,

Tão íntimas quanto este amor recém-nascido.

Perdoe-me também por não saber que nome dar

a isto.

Nunca fui destes que têm maestria em nomear

O que sente.

Tudo que sei descobri recentemente:

Gosto de sua companhia pelas manhãs,

De vê-lo tomar café amargo,

Do jeito com que brinca com a comida na hora do almoço,

Do brilho do seu cabelo quando o sol bate,

Ou ainda, do som da sua risada quando está descontraído.

Seja isto amor ou qualquer outra coisa.

Deixemos as definições aos dicionários .

Não sei o que sinto (e nem preciso) !

Mas estou gostando de sentir.

Karoline Correia
Enviado por Karoline Correia em 09/12/2014
Reeditado em 09/12/2014
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