casa de saudades

Aquela tapera de barro, presa ao chão,

envolvida mutualmente com laços de palha,

trançava a sabedoria de todo o sertão,

perdurando em mim, um sentimento que se espalha.

Passava pela estrada, la estava,

do mesmo jeito parada transmitindo ilusão,

As vezes quando noite passava,

uma pequena luzinha me olhava,

era a luz do lampião.

Via me preso naquele chão, era somente

um caminho, que passava dia dia,

as vezes me encontrava pensando,``E se morresse´´,seria aqui o meu caixão.

Naquele instante presente,

fazia se perpetuante e vazias,

a hora da nostalgia,

espero outro dia, dia dia.

Com o passar dos anos,

as coisas em simultâneo com meu tempo,

sem prever foram mudando.

As estradas se misturaram ao meu cotidiano,

rodovias era o meu lapso de quando.

Aquela casa de barro, presa com laços de palha,

se transforma em mansão.

impossível não lembrar daquela casa

que espalha a saudade no sertão...

Carlos de Morais
Enviado por Carlos de Morais em 07/12/2014
Reeditado em 01/07/2016
Código do texto: T5062054
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