Senhas Adversas

No sonho tudo vejo de verdade acontecer:

Mãos dadas, carícias, abraços fulgurantes...

Beijos profundos, sorrisos e dois amantes

Num carnaval que é a relação entre eu e você...

Na realidade o cotidiano é intenso climatério:

Você me xinga, chora, grita... é circo armado...

Tranca-se em si... Cada qual se vire pro seu lado

E a convivência é vela... Um silêncio de cemitério!

Entre o mundo real e o devaneio, prefiro a utopia,

Assim posso desabafar nos versos de uma poesia

E soterrar você nas catacumbas do esquecimento...

A solidão é aparente, pois, imaginar e criar é vida,

Saudade não é delinquência da existência rapariga,

Porém um arrebol íntimo que é tesouro e monumento!

Ivan Melo
Enviado por Ivan Melo em 07/12/2014
Código do texto: T5061904
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