A chuva cai solitária,
Desce aos campos vazios,
Do alto da madrugada
Arria alegre e sozinha.
Em sua trajetória de queda
Fortes gotas de angústias
Capturam tristezas menores,
Inunda toda a terra
De melancólico contentamento.
Sensações obscuras e antagônicas
Colidindo-se e coalescendo-se
Precipitam-se catarticamente
Rompendo a corrente de tédio.
E cai verdadeiramente,
Sozinha, impunemente,
Do alto da madrugada,
Dos silenciosos labirintos da mente.