D E B I L I D A D E
FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Cabeça débil, terra que ninguém anda,
Pelos caminhos da vida, sempre com cautela,
Inesperadamente, do nada tudo desencanta,
Todo cuidado é pouco para não quebrar a tela.
Débil vida, barco sem destino,
Mar de aventura, sem saber nadar,
Nada disso é sorte, parece tocar o sino,
O vendaval é traiçoeiro, flutuar.
Cuidado para que o vento não te estraçalhe,
A sorte, o destino e rasgue a vela,
Pensar positivo, que nada atrapalhe,
É tempo de orar na capela.
Nada ao bel prazer, demasia,
Porque surge a noite escura.
De trevas horrendas, acaba a alegria,
É o fim do ser e do ter, desventura.