Eu

É o corpo só matéria,

Construção deletéria,

Que a morte põe fim?

É ele a morada

De uma liberdade enclausurada

Debatendo-se em mim?

É a vida a incerteza

Da liberdade ainda presa

Que a plenitude almeja?

E quem é esse habitante,

Estranho ocupante

Do corpo que fraqueja?

Pergunto, não ouço sua voz,

Quem está dentro de nós,

Que nunca me dá calma?

Dizem, é segredo.

É um condenado a degredo

Que os humanos chamam alma.

Danclads
Enviado por Danclads em 06/12/2014
Código do texto: T5060472
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