Eu
É o corpo só matéria,
Construção deletéria,
Que a morte põe fim?
É ele a morada
De uma liberdade enclausurada
Debatendo-se em mim?
É a vida a incerteza
Da liberdade ainda presa
Que a plenitude almeja?
E quem é esse habitante,
Estranho ocupante
Do corpo que fraqueja?
Pergunto, não ouço sua voz,
Quem está dentro de nós,
Que nunca me dá calma?
Dizem, é segredo.
É um condenado a degredo
Que os humanos chamam alma.