CONVICÇÃO DE POETA
Convictamente o texto da vida reli,
sobre o amor quase tudo aprendi,
sou poeta escrevo com zanga, ironia, alegria, ardor
elegendo o amor, zombei da dor.
Entretanto ela se fez muda, quieta,
dissimuladamente na mistificação predileta,
friamente esperou o instante exato,
pra oferecer com regalo seu gélido prato.
Despertou faceira, glamurosa
escandalosamente espaireceu manhosa,
fez-se absoluta, senhora,
e sarcasticamente dizia “agora é minha hora”.
___ “Poeta tu me isolas, deixa-me só,
e nos teus escritos sufoca-me sem piedade nem dó,
contudo sem o manto da poesia não tens prudência,
assim subjugo-o com a sanha da minha essência.”
sem a pena e o papel
és só mais um mortal ...
28/05/07
ANDRADE JORGE
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