Risíveis Amores
Na suavidade do lençol ondulante
nosso calmo oceano, nosso instante,
sua mão desliza em meu corpo
a brisa que sopra de seu olhar penetrante.
envaidecida do prazer em seu semblante,
requebro de sol nas labaredas de seu gozo.
nossos gritos de palavras raras
chocam-se no ar rarefeito.
Seus ecos pairam sobre nosso leito.
Quatro braços e pernas entrelaçados e flutuantes
buscam olhos, narinas e bocas ignorantes de suas faces.
Somos dois? somos um? somos quem?
Após o desejo satisfeito?
Apaziguado sob o sono lento,
um breve gesto interrompe o momento
Busca divisas visíveis de infantes,
oceanos de instantes alvos,
risíveis amores.