Aos Que Lutaram, Presente!
O sangue coagulado
O corpo rígido, a pele cinza
Os olhos já não contemplam manhãs
As mãos não acariciam a face
Os cabelos não se lembram do vento
As pernas não passeiam, nem correm da policia
As passeatas já não habitam os braços erguidos
A voz calada não grita mais por justiça
O que se deu?
Ninguém responde
Olhos estarrecidos parecem congelados
Algo de indignação parece presente
Ninguém fala
Ninguém chora
Passos lentos parecem não querer chegar:
O corpo do amigo precisa de repouso