Dono do abandono
Do meu lar sou dono,
Me perco em tristeza,
Me derreto de felicidade,
Eu que não sou de proeza,
Me lembro da cidade.
A cidade amarga e deserta,
O abandono levou o dono,
Então eu me tornei rei,
Do desastre interno.
Dor, carência e ilusão.
Esses já moram aqui,
Quero expulsa-los,
Mas ai ficarei só,
Serei apenas humano.