CORUJAS

Corujas saem do buraco

E paralisam seus músculos

Sobre os fios

do poste de luz,

À luz do crepúsculo.

Corujas piam,

Corujas espiam

Dentro da noite fria,

São solitárias,

Detestam companhia.

Corujas têm garras de aço

E se projetam no espaço,

Atrás da presa,

Cortando a lua

Em dois pedaços.

Corujas são desconfiadas,

Fogem das torres e dos lixos,

Às vezes são contratadas

Pra levar cartas, bilhetes, jornais,

Nos filmes de bruxos.