JÁ NÃO SOU MAIS UM BROTO
Eu já passei dos quarenta,
Mas ainda me chamam de garoto...
Ora, eu já não sou mais um broto,
Tem coisas que o velhinho não guenta...
Mas se rugas meu semblante apresenta,
Eu também ainda me sinto disposto
A redescobrir ou sentir o gosto
Da uva, da vulva, da pimenta...
Em mim ainda se faz presente
Um amor, um desejo fremente,
Tem coisas que o tempo não desfaz.
Embora algum tempo tenha passado,
Ainda há muito a ser partilhado
Em carícias, em primícias e muito mais.