O pano

A noite sopra éter no pano

lá fora parado, pendurado.

Bandeira de nada, manto de

ninguém, é mortalha oca

mas não vazia.

Nos corredores de suas dobras

minhas esperanças percorrem

enquanto sepultadas com ele

no firmamento, aquele o trapo

que não balança, caído, pingado,

esquecido, sobrado.

BHChads
Enviado por BHChads em 03/12/2014
Código do texto: T5057018
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.