Fantasmas de plástico

Imobilizados à pose, fixados pela matéria dura, presos

ao instante como fantasmas de fotografia, cativos de uma

sensualidade de que servem como suporte, manequins!

Vê-se em seus olhos plásticos desejo?

Não estando à venda, o que de vocês resta quando te

compram o que vendem? Possuem vocês a nudez? Ou

se vestem da rígida matéria lisa se são o ar de dentro,

substância lacrada escurecida pela noite do fechado?

Simultaneamente chão e abóbada, a superfície voltada

para o interior lhes molda. E na coincidência entre o

morto e o vivo, aquém da estátua mas além do

homem que replica a si, agitam em quem te olha

isso que não se sabe.

BHChads
Enviado por BHChads em 03/12/2014
Código do texto: T5057016
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