AS JANELAS INVISÍVEIS


O que de breve

Se inscreve nas orgias
Que sempre teve
Sempre teve
Que antes vacinasse
Seu ego
O ego torna imortal
Longe dos perigos
Que rondam a mente
Lá fora seu exército
É particular
As partículas vigentes
Andam por perto
Devem quando
Não são pagas
O que é vivo torna-se possível
A morte não virá
No horrível lamento
Os ouvidos preparados
Fazem do acaso
Caso seja o fato
Um fato de estrela
O que brilha
Na imensidão escura
Não tem do que fugir
A noite mais vacinas
Entregues
A champanha que bebes
Não tem mais importância
Nem tanta quanto
Tanto é mais fabuloso
Quem bebe
A taça tem um título
Toda cristalina
O que anda por cima
Vê figuras avulsas
No que perambula
Sem destino certo
O inferno do outro
Dá-lhe  mais prazer
O tempo e as coisas
Do atemporal
São apenas o sinal
De que tudo pode ser sina
O remédio que tomas
Tem aliados fantasmas
Use os amuletos
Do oriente
O ocidente já antes
Teve seu corpo
No berço
Embalou
Inalou perfumes caros
Aqueles raros
Mal vistos
Quando vistos
Parecem ser sempre
Únicos.