silencio para outro tempo
Há um silêncio quase azul
Como os cristais de açúcar se dissolvendo num ciclone
Um silêncio perdido donde vou tecendo meu canto
Uma luminosidade triste
Um risco solto silencioso no horizonte de serras azuis
Distante onde as palavras fingem ser mornas e calmas.
Nuvens esfarrapadas num céu em chamas
Sombreados azuis da noite que palpitam
Balbuciando os perfumes que no ar se agitam
Pra naufragar de aroma o suspirar das damas