A morte, a mulher sem lembranças e o arquiteto

Beijo suas mão, tão geladas e brancas,

onde pousam algumas moscas ocasionais.

As flores de teu caixão tão bem talhado,

já murcharam um pouco, e como você,

já chegaram aqui inúteis.

Flores são sempre inúteis fora dos caules.

Quando tua carne desaparecer,

tuas lembranças virarem pó,

aí sim, tudo será perfeito.

A única opção à eternidade,

é não existir.

EDUARDO PAIXÃO
Enviado por EDUARDO PAIXÃO em 29/05/2007
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