FUTURO DO PRESENTE DO PRETÉRITO

Os carros correm

E eu quero correr com eles

Eu posso ser um composto da gasolina

Na combustão ser CO2

Fumaça densa

Só para entrar nos pulmões

Daquela menina.

Dia de sol eu sou

Logo em seguida chuva

Sou sua luva

Logo, estou em suas mãos

Os anéis ficam

Os dedos vão embora

Naquela hora

O ego foi ao chão.

Quero fugir nas asas das araras

Longe do sol o frio também queima

Quero dormir o sono mais profundo

Mas a ideia na cabeça teima.

O dia D chegou, passou, que coisa!

A vida escorrendo entre meus dedos

Nunca fiz nada

Estou sobrevivendo

Pois sou refém dos meus múltiplos medos.

Quero acordar

Mas isso não é sonho

Essa é a vida

Que eu não escolhi

Passado: triste

O futuro? Medonho!

E o presente

Eu nunca recebi...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 02/12/2014
Reeditado em 07/11/2021
Código do texto: T5056164
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