MEU AMOR... (BAQUERUBU)

MEU AMOR... (BAQUERUBU)

Hoje queria falar alô à morte,

Levar uma flechada de um índio,

Ser enterrado sob um baquerubu

Ou fugir pelo Rio Paraíba, solitário,

Eu remando uma canoa de bacurubu...

Queria ser índio pelado no mato,

Não ter jamais conhecido o amor;

Esse amor romântico de suspiros,

De respeitos e carinhos nos peitos.

Hoje queria apenas falar tupi-guarani,

Seguir meu instinto primordial extinto.

Ter você na minha cama apenas por ter,

Sem fantasiar em ter você de volta e ama-la.

Não querer reescrever a historia,

Nem escrever uma nova historia.

Hoje você veio até mim novamente,

Usou meu tronco rijo de baquerubu,

Saciou-se, lambuzou-se e partiu...

Um dia ainda saro e dou a volta por cima,

Quem sabe não pego uma jangada,

E dou a volta ao mundo sem sonhos de amor,

Apenas vivendo a aventura de viver,

Sozinho, pelado numa tribo de minha imaginação.

André Zanarella 18-08-2013

Baquerubu =Bacurubu = Árvore muito elegante e majestosa

André Zanarella
Enviado por André Zanarella em 02/12/2014
Código do texto: T5055839
Classificação de conteúdo: seguro