COLIBRI

Batestes em minha janela

"Inda" aurora, me acordastes

Teu bico tocando as hastes

Da hera, vil trepadeira

Sem flores e sem fruteira

Só folhas escuras e espinhos

Gotas de um amargo vinho

A guisa do mais puro veneno.

Enganastes me tu, tão pequeno!

Um colibri ou um inseto?

Um beija-flor inquieto

Ou um pardal insolente?

Só sei que ando demente

Esperando o teu regresso

Pois ao pôr-do-sol vi no teto

Um ninho que é teu por certo.

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 01/12/2014
Código do texto: T5054447
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