Conhecimento do Homem - IV
No burburinho de uma trincheira
Num palácio sem harém
No Governo alhures
Entre ricos e desprovidos
Uns homens choram
Uns moços perdidos
Todos e mais alguns sós
Estão a querer e morrer
E encerram rezas mudas
Preces dos desesperos
Corações enamorados
Sem amor e confiança
A morte lhe sorri sem lábios...
Homem que é o homem
De suas mulheres sonham
Embalados numa ilusão
Cada um no seu destino
E ficam à espera do fim
Alguem se lembra amar?
Nessa esquina o quente olhar
A fria radiante desespera
Eleva os homens e mata
Seu nome é Morte e espera
Muitos são os mortais vivos!
E muitos são os mortos santos!
Aonde canta-se iludido amor?