Conhecimento do Homem - IV

No burburinho de uma trincheira

Num palácio sem harém

No Governo alhures

Entre ricos e desprovidos

Uns homens choram

Uns moços perdidos

Todos e mais alguns sós

Estão a querer e morrer

E encerram rezas mudas

Preces dos desesperos

Corações enamorados

Sem amor e confiança

A morte lhe sorri sem lábios...

Homem que é o homem

De suas mulheres sonham

Embalados numa ilusão

Cada um no seu destino

E ficam à espera do fim

Alguem se lembra amar?

Nessa esquina o quente olhar

A fria radiante desespera

Eleva os homens e mata

Seu nome é Morte e espera

Muitos são os mortais vivos!

E muitos são os mortos santos!

Aonde canta-se iludido amor?

Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 01/12/2014
Código do texto: T5054442
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