O ENIGMA DE UMA SAUDADE
 
Noite fria ao revés
Quer minh’ alma aquecer
Na pele urdida em vele
Aconchegar abraçar
Refletida em gotas que ofusca
Envolta teu amor que deságua
Teu calor tecido em fios
Do frio tecido em abraços
em sonho ouvindo acalanto
Bisonhos momentos sem alento
De uma saudade cortante...
Ardida sem linimento
Dor que dói, mói e corrói
Nas entranhas de um herói
Saudade, um olhar que vaga ao longe
Na solidão se faz monge
Um ermitão na multidão.
Se o coração imerge aflito
Afoga as lágrimas em pranto
Essa paixão uma esfinge
Que finge não doer
Esse enigma em minh’alma
Que nem eu mesmo decifro.
Saudade espraia no olhar
Que transborda no silêncio
Da solidão em luar
De quem eu quero amar.
 
15:00
30-11-2014
MargarethDSL